quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Rubis Gás - Aquecer Portugal

Desde que O publicitário Edson Athayde regressou à casa onde foi feliz (FCB), que esta agência tem inundado o mercado, bem como alguns blogs, de trabalhos. E se a atitude é de louvar (haja quem se esforce), infelizmente houve algo que ficou preso ao passado: o próprio Edson. Não me refiro a Edson o homem mas sim a Edson O publicitário e pior ainda, a Edson o Director Criativo. Prova disto são os trabalhos que a FCB tem vindo a colocar no mercado. Das ghostalhadas marteladas em imprensas que parecem saídas directamente do anuário do CCP de '94, às ideias que por muito bom fundo que tenham, parecem ideias surgidas em brainstorms de alunos do 1ºano do IADE. Não é que sejam necessariamente más as ideias mas nota-se uma falta de direcção e uma falta de cuidado na execução das mesmas que não se pode desculpar.

Mas ghosts à parte, vejamos o trabalho da FCB para a Rubis Gás.

Lançamento:


Follow-up/Acções (episódico):



Análise:
"Aquecer Portugal" é um daqueles "conceitos que viram slogans" primários e um bocado cliché dado o serviço mas pronto, é funcional. O filme de lançamento não passa de um filme cliché e por muito bonitas que sejam as imagens, parece velho, parece um filme feito há muitas décadas atrás. Num post anterior falei dos filmes da excentricGrey para o serviço MB WAY e referi que os spots TV parecem saídos de outro tempo. Mas aí digo-o no bom sentido. A forma, a filmagem e a história é que parecem saídos de outros tempos mas o filme em si, o tom do filme, esse é do novo milénio. Este filme grita publicidade dos anos 90 mas sem o lado fun da publicidade dos 90's. Sabem o que é? É todo aquele sentimentalismo sentimentalão. É vazio. É mau. Nem é antigo, é idoso, já tem aquele cheiro a casa de repouso. E o pior é que é mesmo uma questão de não perceber com quem se fala não entender que o público de agora não é, culturalmente falando, idêntico ao público português dos anos 90.

E se eu tinha esta impressão com a campanha de lançamento, tive a prova com o lançamento da campanha episódica. Esta é mesmo esticar o conceito até partir. E é tudo péssimo. O acting é pavoroso. A filmagem "real" mas com planos impossíveis, o falso espanto... tudo. É mau demais. É uma ideia ao estilo Coca-Cola mas executada de uma forma desastrada. E conhecedo os envolvidos, a execução foi pensada e era suposto ter este aspecto. O resultado é efectivamente um desastre - como aliás se vê pelo número minúsculo de visualizações.

É claro que conhecendo quem fez e de onde vem, querem apostar como até ganha qualquer coisinha nos Lusos e talvez até no CCP?

Diagnóstico:
Opá, que dizer? Acordem dos 90's! Já repararam que vivemos num mundo completamente diferente? Saiam à rua e falem com pessoas reais. Reparem bem em tudo o que já mudou. Deixem o sentimentalismo imbecíl e bacoco de lado. Por outras palavras, evoluam! O vosso público já o fez.

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