Análise:
Isto é um clássico no seu estado mais puro. É um vídeo-case que parece incrivelmente simples porque está realmente muito bem feito. E é também uma enorme lição de como uma brilhante execução consegue traformar um insight nada extraordinário ou original em algo digo de ganhar qualquer prémio, além de mais de 500.000 visualizações. É também um óptimo exemplo de contenção e de entendimento entre agência e cliente. Um cliente banal teria pedido que fizessem uma campanha a partir disto. Seria possível? Claro. Mas a agência e o cliente perceberam que esticar esta ideia para uma imprensa por exemplo nunca iria ter o mesmo resultado do video-case, iria no entanto diminuir a efectividade e o brilhantismo deste último. Acho isto magnífico. E, regra geral, é exactamente o contrário do que a maior parte dos clientes costuma fazer. Demonstra coragem por parte do cliente e da agência mas também demonstra uma inteligência e um know-how por parte de quem aprova as coisas que dá prazer de ver.
Que posso dizer que não esteja exposto de um modo evidente no case? Nada. Se há algo a apontar? Apenas o facto da utlização da hashtag. Não sei porquê esta mania de colocar hashtags em tudo. Se efectivamente não é para haver um aproveitamento da hashtag em termos de social media, para quê colocá-la em primeiro lugar ou, ainda para mais, colocá-la como títulodo case? É a única coisa que acho que está menos conseguida. Mas é um pormenor de tal ordem pequeno que roça o ridículo estar a pegar por aí.
Diagnóstico:
Parabéns à Jack the Maker e à BBDO. É um trabalho formidável, merecedor de todas as honras que certamente receberá. E parabéns também à Mercedes/Smart. Não é todos os dias que um cliente dá uma lição de contenção e de savoir-faire. Absolutamente brilhante.
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